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FASHION RIO VERÃO 2012










Novidades do Fashion Rio?
Acompanhe no  site gnt.globo.com   que apresenta os desfiles em vídeo todos os dias.










Extraído do Caderno Cultura do Jornal do Brasil
Ale Ougata
A 14ª edição do Prêmio Rio Moda Hype abriu a temporada de
verão do Fashion Rio 2012, no Píer Mauá, Rio de Janeiro, neste domingo (29). Com a proposta de levar um total de 100 looks à passarela, criados especialmente para o evento, a apresentação foi dividida em dois blocos de desfile, com a participação de cinco estilistas em cada etapa.
Confira como foi a apresentação de cada novo talento do cenário nacional:
Akihito Hira (DF): inspirado na alfaiataria mimética, apresentou desenhos e formas enganosas em desconstruções de tecidos de algodão e lã, malhas e tricôs. Destaque para golas que fingiam decotes, tudo em tamanho maximizado, além do jogo de proporções entre o curto e longo e algo mediano, modelagem ampla e acessórios feitos em couro ecológico. A proposta de Akihito era dar nova silhueta a costumeira rigidez das formas masculinas. Seu público é aquele do tipo desapegado a convenções. Repetiu o bom resultado de sua coleção de inverno 2012 no mesmo evento.
Janiero (SP): inspirada no festival hindu Holi, também conhecido como Festival das Cores, a marca trouxe muito color blocking, inclusive nos acessórios de cabelo (garrafinhas feitas com areia colorida na função de bobs). Em materiais como o tricô em fios de viscose, tule com elastano, lycra e crepe, foi apresentada uma coleção de looks que remetiam a lingeries (característica maior da Janiero) em formas amplas trabalhadas na técnica da moulage.
Velt (RJ): a coleção foi batizada de "Get to Work", ou seja, na passarela homens trajados como operários fashion, buscando referências no famoso jeans usados pelos trabalhadores de fábrica e reinterpretando em malhas estonadas, tricoline, garbadine e tricô, se valendo até de uma maquiagem que imitava as graxas dos equipamentos. No desafio de imprimir conceitos pouco masculinos, Velt trouxe calça de cintura alta e bolsa para fora.
André Lucian (RJ): as obras do artista Kevin Francis Gray foram a fonte inspiradora do estilista que dá nome a marca. Abusando da imagem do preto que esconde em looks totais, a ideia de André baseou-se na brincadeira do esconde e mostra, função exercida pelas transparências. A mistura de materiais e pesos garantia a proposta da dualidade. Algumas modelos apareceram como o rosto coberto por acessório franjado.
Sann Macuccy (DF): a coleção Baba Yaga trouxe cores escuras meio a transparência, sobrepondo peças ajustadas e outras volumosas. Uma das apostas forte da coleção foram franjas. Destaque para um look masculino plissado e drapeado, assim como um ousado short masculino transparente.
Martins Paulo (PI): a partir da arte de Beatriz Milhares, o piauiense recorreu a formas circulares para desenvolver sua coleção verão 2012. Os tecidos planos em base de algodão somados aos recortes e estampas criavam aspecto tridimensional, que partiam de tonalidades frias evoluindo às quentes. Construções arredondadas e sobrepostas silhuetavam o corpo de sua mulher.
Lucas Magalhães (MG): mais um estilista a recorrer aos trabalhos de artistas plásticos. Desta vez, a obra de Roy Lichtenstein (um dos grandes representantes da pop art) foi o objeto de representação em moda do mineiro, que participa pela segunda vez do Rio Moda Hype. Pontuada pelo contraponto de materiais, estampas, modelagens ajustadas e alongadas, Lucas trouxe mangas soltas e muitas cores fortes que animavam o grafismo.
Branchée (RJ): "Nossa Senhora dos Vestidinhos" é o nome batizado para a coleção da estilista Carolina Herszenhut. Nesta reza fashion, ela apelou para as mangas bufantes, babados, paetês dourados nas barras de vestido e short, além das referências religiosas nas fitinhas de pedido e vitrais de igrejas. Curiosidade: alguns looks foram tingidos com chá e borra de café.
Soddi (BA): "Será que o mundo vai acabar? Se sim, que este seja o melhor verão de todos". É sob este questionamento que Solon Diego Barros Silveira desenvolveu sua coleção, que partiu do branco, passando pelo verde, azul, lavanda, rosa, laranja e amarelo. Destaque para os rasgos nas costas de algumas peças e as cores em bloco nos looks masculinos, além do macacão que fechou o desfile. Turbantes serviram como viseiras neste mundo a beira do fim.
Dobra (RJ): mundo real e virtual delineiam a inspiração do estilista da marca, Antônio Gued. O público da Dobra (geeks e designers) terão a oportunidade de vestir na próxima estação maxi cardigãs com capuz, peças duas cores e até a capa de chuva que ganha informação de moda e vira peça fashion. Peças que se desdobram em outras também marcaram o desfile da Dobra. Por exemplo: maxi camisetas viraram vestidos. Nos acessórios, meias de tule com ilustrações de tatuagem.     

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